A tradição que se mantem

cruzeiros1Revivendo alguns rituais de cariz tradicional, reminiscências de culturas pagãs, uma vez mais aconteceu história em Santo Varão, graças ao espírito dinâmico do Rancho Folclórico do Centro Beira Mondego, apostado em não deixar esfumar-se no tempo algumas das tradições herdadas dos seus antepassados.
E, assim, da noite para o dia, floriram os cruzeiros desta localidade, numa simbiose de cores e odores, que engalanaram as principais ruas.
As origens desta tradição procuram-na alguns etnólogos num festival pagão, romano, de seu nome Florália, em honra da deusa Flora, deusa das flores, relacionado com o início da Primavera e da fertilidade dos campos e que tinha lugar entre o final do mês de Abril e o dia 3 de Maio. Posteriormente, o Cristianismo adotou-o, dando-lhe uma feição religiosa, institucionalizando o dia 3 de Maio como o dia da Bela Cruz, numa clara alusão ao triunfo de Cristo sobre a morte na cruz.
Uma outra especulação encontra a suas origens em Valpurgis, celebrado no norte da Europa, em que se festejava o fim das noites longas de inverno e a chegada de um novo ciclo agrário, através de arranjos florais que tinham o condão de afastar os maus espíritos que pairavam no ar.
Sejam quais forem as origens, o certo é que a tradição nesta aldeia mantem-se viva.
Está de parabéns o Rancho Folclórico de CBM.

cruzeiros2 cruzeiros3

Deixe um comentário