A cultura do arroz no Baixo Mondego (parte III)

Estando ainda a decorrer o acontecimento “Coimbra Região Europeia da Gastronomia 2021”, apresentamos um pequeno contributo da Liga de Amigos de Santo Varão para o conhecimento da orizicultura na nossa região.

Segundo o parecer de alguns médicos do distrito de Coimbra, a planta do arroz era inofensiva; apenas a maneira de a cultivar a tomaria insalubre. Logo, a cultura deveria ser feita segundo preceitos higiénicos e observadas as disposições dos acórdãos municipais, já que a cultura  era fonte de grande riqueza nacional. Assim, da maior ou menor estagnação das águas dependia a abundância da colheita.

Concluem mais os médicos que a influência maléfica dos arrozais se estende a distâncias que podem variar de acordo com diversas circunstâncias.

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A cultura do arroz no Baixo Mondego (parte II)

Estando ainda a decorrer  o acontecimento “Coimbra Região Europeia da Gastronomia 2021”, apresentamos um pequeno contributo da Liga de Amigos de Santo Varão para o conhecimento da orizicultura na nossa região.

Parte II

No caso concreto da freguesia de Santo Varão, ( à época com 320 fogos) o pároco da altura noticia que mais de 200 pessoas suas freguesas tinham dado entrada no hospital nos últimos dois anos com febres intermitentes e que naquela data lá estariam mais de 100, se aquele estabelecimento não tivesse restringido a admissão dos doentes. Mais acrescenta que na sua freguesia não se cultiva o arroz, mas que ao norte e sul dela se cultiva em grande escala e que todos afirmam provirem deste facto tantas doenças como as que se registam. De facto, nas consultas feitas, apenas encontrámos alusão a um único proprietário, de seu nome Joaquim Gomes.

A nota estatística enviada ao bispo pelo referido pároco, em 1883, aqui transcrita, é elucidativa do que se passava então. Parece que o governo terá sido sensível a estes argumentos pois que os decretos de 23/03/1882 e de 5/04/1882 acabam por proibir esta cultura no distrito de Coimbra.

Não tardaram, contudo, a surgir reclamações por parte dos orizicultores da zona, a quem interessava este cultivo, como é obvio, pelos elevados rendimentos que dele extraíam.  No concelho de Montemor, num total de 519 proprietários, no entanto, só reclamaram contra este decreto 76, no ano de 1882.

A pressão feita sobre o governo da altura, leva este a verificar até que ponto tinham fundamento as ponderações feitas sobre o assunto, pelo que foi criada uma comissão encarregada de redigir um relatório, após feitas averiguações às condições em que se fazia esta cultura.

As conclusões a que chegou a comissão nomeada pelo Ministério das Obras Públicas, por portaria de 16 de Setembro de 1882, traçam uma radiografia clara do problema.

Assim, contra a alegação feita por alguns proprietários de que em terrenos alagadiços outras culturas seriam impraticáveis, contrapõem os relatores que o problema do alagamento se devia muito especialmente à não limpeza das valas, que muitos proprietários não faziam de propósito para que a sementeira do arroz se pudesse continuar a fazer (.Continua)

A cultura do arroz no Baixo Mondego

Estando ainda a decorrer  o acontecimento “Coimbra Região Europeia da Gastronomia 2021”, apresentamos um pequeno contributo da Liga de Amigos de Santo Varão para o conhecimento da orizicultura na nossa região.

Parte I

A introdução da cultura do arroz na Península Ibérica, segundo alguns autores,terá sido feita pelos Árabes.

É no século XVII que encontramos as primeiras referências a esta cultura, nos campos do Baixo Mondego, a cargo dos crúzios de Coimbra.

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Tasquinha do CBM

Reportagem sobre a Tasquinha do Centro Beira Mondego de Santo Varão realizada pelo programa “Aqui Portugal” no âmbito do Festival do Arroz e da Lampreia de Montemor-o-Vellho (16 de Março de 2019).

Clique no seguinte link, seleccione o minuto 07:35 e veja a reportagem:
https://www.rtp.pt/play/p5288/e395509/aqui-portugal/730193

Visite a Tasquinha de Santo Varão

Cartaz

Cartaz

À semelhança dos anos transatos vai ter lugar o Festival do Arroz e da Lampreia, em Montemor-o-Velho, de 14 a 23 de Março de 2014. Uma vez mais, Santo Varão vai estar representado pelo CBM (Centro Beira Mondego) com uma tasquinha, cujas ementas reproduzimos. Apareçam, pois vale a pena experimentar os apreciados acepipes.
O Festival, que este ano está de regresso ao Centro Histórico, com vista para o imponente Castelo, aposta numa viagem apurada de sabores e emoções, prometendo divulgar e promover a orizicultura e a pesca da lampreia.

Ementas das Tasquinha de Santo Varão

Programa do Festival do Arroz e da Lampreia – Sabores do Campo e do Rio

Festival do Arroz e da Lampreia 2012

A atleta olímpica Rosa Mota e o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho Luís Leal provaram a cozinha criativa da tasquinha de Santo Varão no decorrer da 10ª edição deste festival, dedicado à gastronomia e à cultura da região e do concelho de Montemor-o-Velho.

Mais fotos em:
http://www.cm-montemorvelho.pt/aconteceu_2012/20120313_1.asp