Desde sempre que o avental foi uma peça de vestuário usado, quer nos meios rurais (nos trabalhos campestres ou nas lides domésticas9, quer nos meios citadinos, pelas criadas ” de servir” ( como se dizia), nas casa das famílias mais abastadas.

Costurados nos mais diversos tecidos, eram sem dúvida os de chita os que mais sobressaiam, pelo seu colorido.

Com o decorrer dos tempos, esta peça caiu em desuso e hoje constitui, sem dúvida, um património material que urge preservar. Felizmente Santo Varão tem vindo a preservar algum deste património.

Partindo deste pressuposto, foi intenção da Liga de Amigos de Santo Varão ao planear este desfile, recordar e  apelar à sua preservação.

foi uma tarde espetacular, do agrado de todos os que se envolveram neste ” trabalho” e muito especialmente das pessoas idosas que desfilaram ” em passadeira vermelha”.

O agradecimento geral da Liga a todos os colaboradores e assistentes.

Preservar e reviver usos, costumes e tradições locais são um dos objetivos que presidiram à criação da Liga de Amigos de Santo Varão. Assim, ao longo de cerca de 20 anos de longevidade muitas têm sido as atividades realizadas com esta finalidade.

Uma delas foi a recriação do uso de um transporte muito usado pela população nas suas deslocações aos arredores ou até mesmo à sede de concelho – Montemor-o-Velho, as denominadas “pasteleiras”, símbolo de uma época e que as gerações recentes na sua maioria desconhecem.

A História de um país, de uma região, de uma qualquer localidade de maior ou menor dimensão, faz-se de marcas identitárias, materiais ou imateriais, que foram sendo criadas por personagens que aí nasceram, viveram e marcaram a sua presença. Daí que sem essa identidade modeladora não pode haver História.

São, pois, algumas dessas marcas registadoras das tradições de Santo Varão que aqui recordamos.