Medalha de mérito concelhio entregue a Rosa Pacheco

Nas palavras do senhor Presidente da Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho, valorizar o que é nosso é valorizar o território, mas é sobretudo valorizar as pessoas que nele habitam e que a ele se dedicam de corpo e alma. A nossa conterrânea Rosa Maria Pacheco Simões, que recentemente foi distinguida e reconhecida com a medalha de mérito social e cultural do concelho de Montemor-o-Velho, é uma dessas pessoas.

Desde sempre se dedicou ao desenvolvimento do associativismo e à promoção do desporto e da cultura em Santo Varão. Participou em teatros e ranchos infantis, foi atriz teatral, jogadora e dirigente futebolística, fez parte do concelho pastoral da Paróquia de Santo Varão, integrou a Assembleia de Freguesia e foi ainda uma das fundadoras do Rancho Folclórico.

Atualmente, é a Presidente da Direção do Centro Beira Mondego (Sociedade Cultural e Recreativa), pertence à Liga de Amigos e à equipa do Portal de Santo Varão na Internet. Foi uma das principais impulsionadoras das novas instalações do CBM e tem vindo a dar um contributo decisivo na divulgação das tradições etnográficas do Baixo Mondego através do apoio à realização de festivais de dimensão nacional e internacional.

Com a sua ação tem contribuído para uma aldeia mais resiliente, mais dinâmica, mais sustentável, mais ativa e mais feliz.

É com imensa satisfação e orgulho que a equipa do Portal de Santo Varão endereça as maiores felicitações à sua colaboradora Rosa Pacheco!

Festival de Folclore

Realizou-se no passado sábado, dia 1 de julho. mais um festival de folclore, organizado pelo Rancho Folclórico de CBM.

Como vem sendo habitual, marcaram presença vários grupos. Além do anfitrião,  pudemos assistir a exibições do Rancho Folclórico de Montemor-o-Novo,  Rancho da fajarda ( Coruche) e Rancho de S. joão de Nogueira (Braga)

Tendo como tema ” O Comboio”, foi feita, durante a sessão de boas vindas, uma explanação acerca do papel relevante que este meio de transporte desempenhou na vida de todos os santovaronenses, assim como uma encenação, no decurso do  festival, relembrando a azáfama de quem esperava na estação pela chegada do referido transporte, noutros tempos que não os actuais. Não faltou o chefe da estação e seu assessor, bem como a guarda da passagem de nível que, munida de uma importante peça, a corneta, dava ordem de marcha…

Noite bastante agradável, com uma temperatura amena e em clima de festa.

Pelo trabalho realizado, está de parabéns o Rancho Folclórico do CBM.

“DAS CINZAS À PAIXÃO”

No 18 de Março, pelas 21:30 horas, na Igreja matriz de Santo Varão, o Rancho Folclórico do Centro Beira Mondego leva a efeito um espetáculo sobre a temática dos rituais da quaresma.
Neste evento vão participar mais dos grupos, o Rancho Folclórico de Escalos de Cima (Castelo Branco) e o Grupo de Canto das almas da paróquia São João Baptista (Seixo, Montemor-o-Velho). Nas palavras de Pedro dos Santos, são “três grupos, três formas diferentes de viver e expor uma época.”
ENTRADA GRATUITA!

Em defesa do património

Se a pandemia que vivemos tem paralisado um grande número de colectividades, com destaque especial para as de cariz cultural, o mesmo não acontece com o Rancho Folclórico de Centro Beira Mondego que tem vindo a realizar um trabalho valioso em termos de preservação dos usos, costumes e tradições, os quais se têm vindo a perder ao longo dos anos.
Destaca-se, desta vez, a recriação da Romaria à Senhora da Saúde, da autoria do coordenador do rancho, Pedro Santos.


“Senhora da Saúde – Belide”, 5 de Agosto de 1908

A Encarnação e a Conceição irmãs, ambas ergueram-se cedo, mais cedo que o habitual. Hoje não foram ganhar o dia fora mas também não fizeram folguedo.
O pai, pequeno lavrador, disse-lhes no domingo último:
– Pois ó cachopas quarta-feira é a Sra das Neves, que vocês deste tempo prantaram o nome de Sra da Saúde. Se vocês que são as mais velhas quiserem ir eu não vos retiro. Mas também não vou com vocês. Mas não vão logo de manhã, vão só depois pra tarde.
– Pois sim Sr meu pai! Vamos pois e temos cautela. Ajuntamo-nos às outras que lá andam e vimos todas juntas.
– Pois! Mas também não é pra virem a altas horas da noute. Vocês tenham respeito.
– Sim senhora! A gente porta-se bem, com as primeiras a tornar a gente vem também.
Pois hoje, já ataram, carregaram e botaram na choupana no sarrado uma carrada de ponta de milho da terra dos serrados loureiros e á tapada foram buscar dois valentes feixes de erva p’rás vacas terem pasto. Encheram as pias com água fresca acartada da fonte do povo de mergulho.
Já bem trabalhadas, fizeram os cerca de oito quilómetros pelo calor com as chinelas na mão para as pouparem. Calhou bem, que assim os touros estavam à sesta no Rio Mondego e assim o monte está livre. E mais á vontade foram.
Chegaram era hora da sesta e o povo começava a juntar-se para assistir aos ofícios da Festa e ao Sermão, a igreja é pequena e elas já estavam com ela fisgada.
Com uns Reis que levavam, foram ver dos melões. “Ora vir à Sra da Saúde e não comer um melão. Assim será! Miséria a nossa…”
O povo estava calmo, pouco pó na rua, o calor era tanto, nem uma brisa, só algum alarido das mães com os anjinhos, seus filhos prometidos de anjos na procissão da Senhora. Birras e cansaço das crianças….. Compraram o melão e voltaram para trás ali perto do Pinheiro Manso, antes das Palmeiras do lagar.
Longe da confusão do Povo e das moscas dos gado. Os gandarezes trouxeram as éguas enfeitadas, as carroças dos burros, mulas e vacas engalanadas com colchas de seda.
Assim retiradas comeram o melão na sombra da oliveira ainda fizeram uma sesta e foram assistir à procissão desejosas que o toque se junte após a recolha da procissão e haja uma pandega, um baile… Que elas não vão voltar logo com os primeiros.
Trabalho há todos os dias, agora Sra da Saúde é uma vez no ano. Este ano foi assim, para o ano não sabem se podem tornar.”
Este ano, 2020 nada pode haver e a tradição já não é igual, os hábitos são outros.
Mas assim como a Conceição e a Encarnação foram muitas e muitos noutros tempos. No tempo em que o mundo girava ao jeito do Calendário Agrícola e do Calendário Litúrgico.
Fica desta forma a nossa lembrança a este dia.”

XXI Festival Nacional de Folclore/ Santo Varão

A identidade de um povo firma-se na memória colectiva que, passando de geração em geração, acaba por consolidar essa mesma marca identitária. Quando isso não acontece, deixa-se de ter referências e o sentimento de pertença a uma comunidade vai-se diluindo com o tempo até desaparecer por completo. É todo um património que se perde, muitas vezes de forma irreparável.

Daí, a importância de preservar as referidas marcas, quer conservando-as, quer “desenterrando-as” no caso da sua perda iminente, através de um trabalho aturado de pesquisa de fontes escritas ou orais ainda disponíveis.

E tem sido esse o trabalho que o Rancho Folclórico do Centro Beira Mondego vem desenvolvendo ao longo da sua já longa existência, possibilitando assim manter vivas as tradições, usos e costumes da comunidade santovaronense, consolidando assim a identidade local e por inerência a de todo o Baixo Mondego, onde estamos inseridos.

Por tudo isto, vale a pena assistir, no próximo sábado, dia 6 de Julho, a mais um festival etnográfico e nacional, que irá decorrer no adro da Igreja Matriz de Santo Varão.

IV Mostra Etnográfica “Fátima Verão”

Inserida nas Jornadas Europeias do Património e da comemoração do Ano Europeu do Património Cultural 2018, o Rancho Folclórico do Centro Beira Mondego (RFCBM) vai promover a sua IV Mostra Etnográfica “Fátima Verão”, subordinada ao tema “O Povo que Vive no Rio… ou o Rio que Vive no Povo.”
Trata-se de uma actividade a realizar no dia 29 de Setembro às 16:00 horas, no leito do Rio Mondego junto à foz da vala (grande areal avistado da ponte sobre o rio em Formoselha), um local também ele património cultural e natural.
Será um espectáculo diferente do habitual, onde serão recriadas algumas cenas, hábitos e actividades do quotidiano das gentes da freguesia de Santo Varão. Será, acima de tudo, um momento de memórias, de relembrar tempos, de homenagear todos os que no rio viveram e compartilharam momentos.
Venham assistir e juntem-se ao RFCBM que também farão parte da festa! (Fonte: Facebook do Rancho Folclórico do CBM – Santo Varão)

XX Festival de Folclore de Santo Varão 2018

folclore2018

Decorreu no 7 de Julho de 2018 o XX Festival de Folclore em Santo Varão. Congratulamo-nos com o êxito alcançado e felicitamos o Rancho Folclórico do CBM não só pela divulgação que tem feito das tradições e património imaterial da nossa terra, mas também pelo excelente trabalho de pesquisa, recolha e salvaguarda do mesmo.
Numa altura que se comemora o Ano Europeu do Património Cultural 2018, foi este evento uma forma muito enriquecedora e uma valiosa mais-valia para estas comemorações. Parabéns Rancho Folclórico na pessoa de todos os seus elementos.
(Fátima Tarrafa, 2018)

Atelier de dança – Viras e Verde Gaios

viras_verdegaiosDois dos grupos participantes no XVIII Festival de Folclore de Santo Varão, o Grupo Folclórico do de Abitureiras e o Rancho Folclórico da Casa do Minho em Lisboa vão dinamizar um atelier de dança aberto a toda a população, através do qual pretendem dar a conhecer algumas das suas modas. Este atividade realiza-se no mesmo dia do Festival, 2 de julho, pelas 16:30, também no adro da Igreja Matriz.

XVIII Festival Nacional de Folclore

Festival 2016No dia 2 de julho, pelas 21:30 no adro da Igreja Matriz, realiza-se o XVIII Festival de Folclore de Santo Varão com a presença de, para além do Rancho local, mais quatro importantes grupos do folclore nacional: Grupo Folclórico do Centro de Abitureiras, Santarém; Grupo Folclórico de Castovães, Águeda e Rancho Folclórico da Casa do Minho em Lisboa, Lisboa.